Fidel Castro: as eleições em Cuba são a antítese das eleições dos EUA

Nossas eleições são a antítese das que tem lugar nos Estados Unidos (…).

Ali o primeiro é  muito rico, ou conta com o apoio de muito dinheiro. Depois, investem somas enormes em publicidade, que é especialista em lavagem cerebral e reflexos condicionados. Ainda que haja honrosas exceções, ninguém pode aspirar a nenhum cargo importante sem dispor de milhões de dólares.

Para ser eleito presidente, se necessitam centenas de milhões, que saem dos cofres dos grandes monopólios. Pode triunfar o candidato com uma minoria dos votos nacionais.

Nas urnas têm comparecido cada vez menos cidadãos, já que muitos preferem trabalhar ou dedicar tempo a outra coisa. Há fraudes, truques, discriminação étnica e até violência.

O feito de que se vote mais de 90% dos cidadãos e as crianças do primário fiquem de custódia das urnas, é algo inusitado, não pode ser pensado se não for no “obscuro rincão do mundo”, agredido e bloqueado, que se chama Cuba.

Assim exercitamos os músculos vigorosos de nossa consciência.

Fidel Castro Ruz

19 de outubro de 2007

Che: “O que deve ser um jovem comunista?”

Quero formular agora, companheiros, qual é a minha opinião, a visão de um dirigente nacional das ORI, do que é que deve ser um jovem comunista, a ver se estivermos de acordo todos.

Eu acho que o primeiro que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que sente por ser um jovem comunista. Essa honra que o leva a mostrar perante todo o mundo a sua condição de jovem comunista, que nem o vira para a clandestinidade, que nem o reduz a fórmulas, mas que o exprime a cada momento, que lhe sai do espírito, que tem interesse em demonstrá-lo porque é o seu símbolo de orgulho.

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“O sistema político em Cuba: uma democracia autêntica” (Anita Prestes)

O governo do povo, pelo povo e para o povo”

(Abraham Lincoln)

Ao estudar o sistema político vigente em Cuba, é necessário lembrar que seus antecedentes remontam ao ano de 1869, quando o povo da pequena ilha caribenha lutava de armas na mão pela independência do jugo colonial espanhol.

Seus representantes se reuniram na parte do território já liberado e constituíram a Assembléia Legislativa, que aprovou a primeira Constituição da República de Cuba em armas. Era assim estabelecida a igualdade de todos os cidadãos perante a lei e abolida a escravidão até então existente.

Essa primeira Assembléia Constituinte elegeu o Parlamento cubano daquela época e também, de forma democrática, seu Presidente, assim como o Presidente da República de Cuba em armas, designando ainda o Chefe do Exército que levaria adiante a luta pela independência.

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Fidel Castro: “Não há nada pior do que dar as costas ao inimigo”

Em 2003 o governo Bush havia incrementado as tradicionais ações anti-castristas, ampliando o número de transmissões de rádio contra o regime para a ilha e os estímulos para a imigração ilegal. Num período de sete meses até abril de 2003 ocorreram sete sequestros de aeronaves e barcos com o objetivo de tomar rumo a Flórida, onde os sequestradores armados e violentos às vezes eram presos mas sempre acabavam liberados e com uma permissão de residência.

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Por que os cubanos “fogem” para a Flórida?

Todo mundo submetido à propaganda ideológica dominante já deve ter se deparado com fotos antigas dos “balseros” – cubanos que se aventuram em balsas no mar do Caribe para chegar à costa norte-americana. A resposta hegemônica a esse problema real é convicta na difamação e na desinformação: os cubanos estão “fugindo para a liberdade”.

Como o objetivo aqui é desprezar as simplificações, afirmo que são múltiplas as razões que levaram os cubanos a emigrarem. A mais significativa delas, sem dúvida, é a financeira: Cuba, a despeito de todos os seus logros na área social, é um país com uma economia debilitada.

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“Não se envergonhem… pois vocês compartilham dessa superioridade moral” (André Ortega)

Não se intimidem com acusações idiotas e falsas simetrias quando reivindicarem a memória de Fidel Castro.

Já tive o dessabor de ver um sujeito de “esquerda” que passou os últimos meses fazendo campanha para a genocida imperialista Hillary Clinton dizendo que “não relativiza ditadura”, que “tudo que a ditadura fez aqui, Fidel fez em Cuba”. É um mentiroso que cospe na memória dos torturados e que não sabe que os militares massacram indigenas e camponeses. O avanço da independência e do povo se concretizou na Revolução Cubana e foi detido pelo golpe militar em 64, mais uma das milhares de respostas do polvo imperialista ao triunfo de Fidel Castro – com o acréscimo de que, como disse Kissinger, aqui não seria uma nova Cuba, mas uma nova China.

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