MARX: O que é o materialismo histórico? Uma síntese

Na produção social da sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais.

O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social.

O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral.

Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.

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ENGELS: Que vem a ser, finalmente, a negação da negação?

É uma lei extraordinariamente geral, e, por isso mesmo, extraordinariamente eficaz e importante, que preside ao desenvolvimento da natureza, da história e do pensamento; uma lei que, como já vimos, se impõe no mundo animal e vegetal, na geologia, nas matemáticas, na história e na filosofia.

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Ser e não ser: eis a questão dialética!

Através dos tempos, o ser humano buscou das mais diversas maneiras entender o mundo que o cerca impondo certos mecanismos para isso. Um deles é a lógica, que nada mais é que a forma pela qual o homem busca validar determinados modos de raciocínios, que por sua vez, buscam explicar de forma material o mundo real, a realidade em si com tudo que a mesma engloba, desde o objetivo ao subjetivo.

E ao explicar a Lógica, chegamos a abordar o cerne do presente texto que procura validar a dialética como uma lógica dinâmica, a qual não procura negar a lógica formal aristotélica, mas fugir da binaridade: Verdade absoluta ou Verdade relativa, colocando um patamar transitório entre as duas.

O pensamento dialético, não busca imputar à lógica aristotélica uma “falsidade” epistemológica, e sim apontar o caráter unilateral da mesma, que cristaliza o ser ao não enxergar as relações que o mesmo tem consigo e com o que o cerca. O método dialético supera essa insuficiência quando entende o ser como um processo, como puro movimento, realizando esta façanha sem cair no relativismo de uma suposta negação da lógica formal, negação esta que não existe.

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Quem são os pós-modernos e por quais motivos lutam contra eles os marxistas

Veja dez considerações introdutórias sobre o que é o pós-modernismo.

A partir do processo em que as jornadas de junho de 2013 foram a expressão mais notória o Brasil vem vivendo um momento de acirramento da mobilização das massas em torno dos conflitos políticos.

Um importante segmento social a se destacar nessa cena vem sendo aquele oriundo das camadas médias, que vêm oxigenando tanto forças à direita (a partir de forte inclinação ao fascismo) quanto à esquerda, em que uma das expressões, com base especialmente entre os meios estudantis, está na formação de coletivos identitários influenciados pelo pós-modernismo.

Com forte caráter anticomunista, latente ou declarado, estes segmentos pós-modernos vêm disputando espaço com militantes marxistas. Todavia, é frequente por parte de pessoas influenciadas pelo pós-modernismo a fuga das críticas, alegando uma suposta banalização do conceito de “pós-modernismo” ou se ancorando num alegado dogmatismo por parte dos críticos que, dizem, chamariam de “pós-modernismo” qualquer coisa que fugisse da sua “ortodoxia sobre luta de classes” (sic).

Então é necessário não só desmontar esse espantalho como ainda apontar, resumidamente, as principais críticas do marxismo ao pós-modernismo hoje.

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A farsa intelectual dos pós-modernos

Em filosofia, o pós-modernismo (não confundam com o movimento artístico) é uma reação negativa à modernidade. No geral, o termo é paradoxo, porque além de não existir algo como “pós-modernismo”, este rótulo serve para designar precisamente, filosofias abstrusas e típicas do pós-guerras inspiradas no antigo irracionalismo de Nietzsche, no existencialismo, na fenomenologia de Husserl e mais remotamente, no naturalismo (tipo o Rousseauliano, mas não o Darwinista) e até na dialética hegeliana (um livro muito bom sobre o tema é o “Explaining Postmodernism: Skepticism and Socialism from Rousseau to Foucault” de Stephen Hicks).

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O surgimento da Religião, seu desenvolvimento e sua essência: uma análise filosófica materialista

Empreender a busca pela compreensão da religiosidade na pré-história, seu aparecimento, seus distintos significados e expressões, sem dúvida consiste numa tarefa das mais complexas e difíceis.

Pela não utilização da escrita, os homens e mulheres pré-históricos não nos possibilitaram relatos mais detalhados acerca de como era concebido o pensamento religioso. Todavia, vestígios arqueológicos nos conferiram importantes indicativos para compreendermos em que momento a religiosidade surgiu e se desenvolveu entre os homens, assim como – sendo mais importante que qualquer datação temporal – compreender o porquê da religião ter surgido e brotado na consciência humana, adquirindo as proporções que hoje visualizamos nas diversas sociedades existentes.

Neste sentido, o porquê é mais importante do que o quando.

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Hegel: A dialética do Senhor e do Escravo

Dois homens lutam entre si. Um deles é pleno de coragem. Aceita arriscar sua vida no combate, mostrando assim que é um homem livre, superior à sua vida. O outro, que não ousa arriscar a vida, é vencido. O vencedor não mata o prisioneiro, ao contrário, conserva-o cuidadosamente como testemunha e espelho de sua vitória. Tal é o escravo, o “servus”, aquele que, ao pé da letra, foi conservado.

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