Manual básico de normas do Exército de Libertação Chinês (FOTOS)

As 9 normas básicas do Exército de Libertação Chinês:

1 — Quando falar com o povo seja cortês.

2 – Pague sempre o justo preço pelo que comprar.

3 – Restiua tudo o que tomar emprestado.

4 — Se quebrar qualquer coisa indenize-a.

5 — Seja sempre carinhoso com o povo.

6 — Não arruine as colheitas passando sobre as plantações.

7 — Respeite as mulheres e a maternidade.

8 — Não maltrate os prisioneiros.

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Trecho de entrevista de Josef Stálin com Emil Ludwig

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Stálin: Sim, recentemente os alemães mudaram bastante… Mas agora me permita que eu lhe faça uma pergunta indiscreta. Isso é de fato uma pergunta, não uma proposta. Você pode escolher não responder. Mas se você responder na afirmativa, ninguém, sob nenhuma circunstância, jamais poderá saber que eu lhe perguntei isso.

Ludwig: Estou de acordo.

Stálin: Espere um momento. Você publicará nossa conversa?

Ludwig: Não como uma entrevista. Mas eu a utilizarei de alguma forma, quando for escrever sobre você.

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A contrarrevolução econômica na URSS

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A manifestação contrarrevolucionária do oportunismo foi evidente e difundida na questão do “culto da personalidade” de Stálin, apesar de o processo de desestalinização (dessocialização) ter sido acompanhado de fortes transformações econômicas desconhecidas até mesmo pelos quadros revolucionários. Insistir neste ponto nos dá ferramentas para sairmos facilmente do pântano das interpretações reacionárias sobre a história soviética.

A ferrovia socialista e suas duas alternativas teóricas

Qual é a essência do programa econômico da contrarrevolução? Se a construção do socialismo passa pelo desenvolvimento do plano – “a planificação centralizada é o modo de ser da sociedade socialista”, ensina Che Guevara –, a restauração capitalista passa pela desarticulação da planificação mediante o desenvolvimento estratégico do mercado – “a planificação se misturou cada vez mais com fatores estimulantes do mercado”, disse o oportunista Mikhail Gorbachev.

O socialismo científico reconhece a existência do mercado como resíduo do capitalismo, consequentemente estuda suas leis, mas não para desenvolvê-lo como no caso dos oportunistas, senão para contê-lo enquanto se extingue por meio do incremento do espaço da ação planificada.

Na experiência soviética, qual foi a expressão da contrarrevolução na discussão sobre a economia política do socialismo? No período revolucionário de Lênin e Stálin, a contrarrevolução “intelectual” esteve representada na “oposição”: 1) Lev Kamenev e Grigori Zinoviev durante os primeiros anos do poder soviético; 2) Leon Trotski e Nikolai Bukharin durante os anos trinta; e 3) alguns economistas da Academia de Ciências (Konstantín Ostrovitianov, Lev Leontiev, Dimitri Shepilov, etc.) durante os primeiros anos de pós-guerra. No período posterior, que engloba a hegemonia deste pensamento, a contrarrevolução “intelectual” naturalmente atuou nas esferas dirigentes. É fácil ver esta questão nos fatos. Durante a hegemonia do marxismo-leninismo, construiu-se na URSS um forte e glorioso Estado socialista, enquanto durante a hegemonia do oportunismo, restaurou-se a sociedade de exploração de classes.

Sintetizando numa metáfora, poderíamos dizer que o Socialismo seria uma ferrovia entre uma localidade chamada Capitalismo e outra chamada Comunismo, onde o trem em direção ao Comunismo está carregado de um plano, ao tempo que o trem em direção ao Capitalismo está carregado de mercado. Uma vez empreendido o trajeto, só pode se avançar ou retroceder, movimentar-se para os lados é naturalmente impossível.  A União Soviética foi um trem que, conduzido por Lênin e Stálin, avançou velozmente desde o Capitalismo em direção ao Comunismo. Depois, sob a condução de Nikita Khruschev, Leonid Brejnev e Mikhail Gorbachev, regressou ao ponto de partida.

A ofensiva econômica da contrarrevolução

Qual foi o marco geral da restauração capitalista na URSS? Como bem sabemos, Khruschev foi quem tomou a decisão de iniciar o regresso ao capitalismo. Na esfera econômica, a dita contrarrevolução se expressou no enfraquecimento do investimento na indústria pesada, em proveito da produção de mercadorias. Há um elemento que mostra com muita clareza a diferença radical entre o rumo marxista-leninista e o contrarrevolucionário. Na opinião de Stálin, para se chegar ao comunismo, a União Soviética devia elevar a propriedade dos kolkoses (de tipo similar ao cooperativo) à condição de propriedade de todo o povo (estatal). Entanto que para Khruschev a “construção da base material do comunismo” implicava o fortalecimento dos kolkoses.

A URSS nos tempos de Stálin conseguia manter controlada a questão do mercado ilegal. O mecanismo estava baseado num sistema de distribuição mediante vales, que se intercambiavam pela produção de forma ordenada e justa. O notável desenvolvimento das forças produtivas elevava constantemente a quantidade e a qualidade dos bens disponíveis, questão que se expressava em baixas nos preços (ou nos vales entres aos trabalhadores). Geralmente o compromisso dos operários com seu trabalho era premiado moralmente pelo poder soviético, questão que não afetava a justa distribuição da produção.

Após a viragem revisionista do período do Khruschev, já no tempo de Brejnev, iniciaram-se as reformas econômicas de Aleksei Kosyguin. Estas foram uma verdadeira ofensiva 1) contra a produção planejada segundo as necessidades, ao incorporar a rentabilidade mercantil como critério de avaliação e 2) contra a distribuição socialista, ao introduzir um novo sistema de premiação em dinheiro.

Concretamente se começou a entregar até 30% do salário como incentivo ao trabalho individual. Essa massa nova de dinheiro sobre o salário, ao não ser acompanhada de um incremento na produção e, ao mesmo tempo, manter os preços fixos, levou à aparição da escassez e da inflação – fenômenos até então desconhecidos na URSS. Dito claramente, pode-se dizer que a política econômica da contrarrevolução mudou a deflação (baixa dos preços) do período de Stálin pela inflação, o incremento pela redução de bens recebidos pelo trabalhador soviético.

Como as reformas reacionárias potencializaram a decomposição do socialismo? A escassez de certos produtos evidentemente gerou um descontento generalizado nas massas. Mas, indo mais profundo na análise, queremos enfocar no fato de que a nova situação engendrou as condições para a especulação e a acumulação privada. Um dos principais canais para o desenvolvimento destes fenômenos foi a aparição dos distribuidores de bens de consumo privado, já que eles puderam usufruir da escassez e da inflação para acumular privadamente vendendo sobre o fixado pelo Estado socialista. Em palavras claras, o vendedor podia declarar que vendia a preços oficiais, mas, na realidade, vendia a preços maiores, num processo de enriquecimento que evidentemente teria consequências mortais para o socialismo. Por quê? Algumas respostas são:

1) Porque poupava esses “rendimentos extras” e, pouco a pouco, isso se transformou em “capital” – valor que se valoriza. Assim, o fim do socialismo se tornou uma necessidade para que esses acumuladores conseguissem realizar seu capital comprando força de trabalho.

2) Com o fato de os acumuladores se tornarem um setor de classe privilegiado, o entusiasmo das massas em construir uma sociedade justa entrava em franca decomposição. Simultaneamente, a autoridade moral do Partido Comunista – quem implementou as reformas – se desacreditava ante as massas, e a consciência – que é o motor do socialismo – longe de evoluir, retrocedia.

3) Porque a venda de produtos a preços maiores do que os declarados é a própria criação do mercado paralelo. Algo que, ao mesmo tempo, gera mais condições para a acumulação privada, formando um círculo vicioso totalmente alheio aos princípios mais básicos do socialismo.

A síntese evidente

Os efeitos que mencionamos são só pequenas expressões do grande tema da contrarrevolução econômica na URSS, já que evidentemente este tema é imensamente mais amplo. Porém, de todo modo, isso não implica que não possamos identificar a essência do fenômeno: isto é, que a “desestalinização” econômica se inscreve no intento de fazer retroceder a sociedade socialista para a capitalista.

Agustín Casanova, de Moscou para A Verdade

O que um trabalhador, um camponês, um “pobre”, acharia de ‘José Stálin’? (por Daniel Moreno)

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Celebração do centenário da Revolução Russa entre camponeses da LCP.

José Stálin era tipo um cangaceiro. Cabra macho. Camponês que nem eu. Bruto e severo. Até se chama José que nem eu, José de Ribamar. Outro Zé era o Mao ‘Zé’ Tung; eu não sei se ele era camponês mas ele era amigo dos camponeses. Eu também admiro Vladimir”.

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“O marxismo não fala sobre isso” – na verdade você é que não estudou (Por P. A. Lopes)

O método materialista-histórico-dialético criado por Marx e Engels é a eterna ciência social do proletário e, por isso, ela pode ser – é e foi – aplicada a toda e qualquer relação social, por isso a doutrina marxista detém uma variada gama de pensadores nas mais diversas áreas, o que dá ao marxismo uma polivalência. Então, o marxismo detém não só uma filosofia e metodologia de compreensão do mundo, como também vários conceitos e teorias – partindo dessa filosofia e metodologia – nas mais diversas áreas e temas.

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MARX: O que é o materialismo histórico? Uma síntese

Na produção social da sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais.

O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social.

O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral.

Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.

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“Marx vagabundo”: como seria se liberais tratassem seus ideólogos tal qual tratam Marx (por Davi Dias)

Há várias críticas a Marx. Mas, com a exceção da Escola Austríaca, que até tenta fazer uma critica a seu pensamento econômico, a maioria das acusações não passam de ataques infantis. Por exemplo, a de que Marx era um “vagabundo” que não trabalhava, “sustentado” pelo seu “amigo burguês”, Engels, e que teria traído sua esposa com a empregada. Fala-se ainda que Marx era “racista” e “machista”.

Mas, será que ele era o único pensador que pode ser atacado por essas acusações?

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