“O marxismo não fala sobre isso” – na verdade você é que não estudou (Por P. A. Lopes)

O método materialista-histórico-dialético criado por Marx e Engels é a eterna ciência social do proletário e, por isso, ela pode ser – é e foi – aplicada a toda e qualquer relação social, por isso a doutrina marxista detém uma variada gama de pensadores nas mais diversas áreas, o que dá ao marxismo uma polivalência. Então, o marxismo detém não só uma filosofia e metodologia de compreensão do mundo, como também vários conceitos e teorias – partindo dessa filosofia e metodologia – nas mais diversas áreas e temas.

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O socialismo funciona? – “Economias planificadas e de propriedade pública funcionam?”

Comparada com o capitalismo, a economia planificada funcionou muito bem.

A União Soviética foi um exemplo concreto do que uma economia planificada pôde produzir: pleno emprego, pensões garantidas, licença maternidade paga, limites de horas de trabalho, cuidados médicos e educação (incluindo ensino superior) gratuitos, férias pagas, moradia barata, cuidado infantil a baixo custo, transporte público subsidiado e baixa desigualdade de renda.

A maioria de nós deseja tais benefícios. Entretanto, eles são alcançáveis permanentemente? É largamente acreditado que embora a União Soviética tenha produzido tais benefícios, no fim a economia de propriedade pública e planificada provou-se um fracasso. Caso contrário, como explicar o fim do país? Ainda assim, quando a economia soviética foi pública e planificada, de 1928 a 1989, esta cresceu de forma sólida ano a ano, exceto durante os anos de guerra.

Para ser claro, enquanto as economias capitalistas mergulharam em uma depressão profunda e solidamente caíram em recessões de poucos em poucos anos, a economia soviética infalivelmente não o fez, expandindo-se incessantemente e proporcionando emprego a todos.

Longe de ser um fracasso, a economia pública e planificada da União Soviética funcionou notavelmente bem.

O que não funcionava era o capitalismo, com suas ocasionais depressões, regulares recessões, desempregos em massa e extremos de riqueza e pobreza, tanto mais evidente hoje quando as economias capitalistas contraem ou mancam juntas, condenando inúmeras pessoas à inatividade. O que eventualmente levou à queda da União Soviética foi o pedágio acumulado sobre a economia soviética para derrubá-la, a intensificação da Guerra Fria pelo governo Reagan e a inabilidade da liderança soviética para achar uma maneira de escapar do prejuízo que tais coisas causaram.

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Os 10 principais desvios ideológicos dentro do movimento revolucionário e popular

Desde os tempos de Marx e Engels os revolucionários científicos travaram uma tenaz e decidida luta contra as concepções idealistas e metafísicas presentes no movimento operário. O surgimento do materialismo dialético e histórico criou uma ruptura indissolúvel entre os revolucionários que baseiam sua atuação e suas ideias na realidade material e objetiva, e aqueles que, se dizendo revolucionários, trabalham em cima de concepções tão concretas como o vácuo.

Mesmo após a vitória incontestável das posições científicas dentro do campo revolucionário, seus inimigos não se deram por vencidos, e a luta de ideias persistiu dentro dos movimentos populares. Com novas roupagens, seus adversários acusavam os marxistas fiéis a dialética e às posições revolucionárias de “atrasados”, embora seus argumentos a muito já tivessem sido postos ao ridículo.

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Pyongyang, capital da Coreia do Norte

Desolada e parada? Pelo contrário. Uma cidade “viva”, onde “as coisas acontecem”, demonstração do desenvolvimento sempre crescente que só uma economia planejada e alinhada aos interesses da população, pode prover.

Confira aqui fotos belíssimas da capital da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), vulgarmente conhecida como Coreia do Norte.

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Hegel: A dialética do Senhor e do Escravo

Dois homens lutam entre si. Um deles é pleno de coragem. Aceita arriscar sua vida no combate, mostrando assim que é um homem livre, superior à sua vida. O outro, que não ousa arriscar a vida, é vencido. O vencedor não mata o prisioneiro, ao contrário, conserva-o cuidadosamente como testemunha e espelho de sua vitória. Tal é o escravo, o “servus”, aquele que, ao pé da letra, foi conservado.

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